O avanço das mudanças climáticas no Brasil e no mundo deixou de ser apenas uma preocupação ambiental para se tornar um tema central de risco para indivíduos, empresas e governos. Dentro desse cenário, o seguro contra mudanças climáticas surge como uma alternativa estratégica para corretores que desejam expandir sua atuação, aumentar suas vendas e oferecer soluções compatíveis com os riscos do presente e do futuro.
O crescimento da frequência e da severidade dos eventos climáticos extremos têm desafiado setores inteiros da economia. Apenas em 2024, foram registrados 1.690 eventos extremos no Brasil, impactando 94% dos municípios. Entre secas prolongadas, enchentes, ciclones, vendavais, granizos e deslizamentos, os prejuízos acumulados ao longo da última década ultrapassaram R$ 780 bilhões. A escalada dos danos materiais e humanos está diretamente associada à intensificação da crise climática, e representa um cenário de urgência para a criação de soluções efetivas em mitigação e proteção.
Oportunidade no mercado brasileiro
Mesmo diante desse quadro alarmante, o Brasil ainda possui um dos maiores “gaps” de proteção climática do mundo. Apenas 6% das perdas geradas pelas enchentes no Rio Grande do Sul estavam seguradas — um dado que revela o tamanho da oportunidade latente. De forma mais ampla, o gap de proteção no país é estimado em 95%, ou seja, apenas 5% das perdas causadas por eventos climáticos possuem cobertura securitária. Para efeito de comparação, esse número é de cerca de 40% nos Estados Unidos.
Esse vazio de cobertura representa um mercado praticamente inexplorado. Os prejuízos médios anuais não segurados chegam a R$ 47,5 bilhões, valor que poderia, ao menos em parte, ser mitigado por apólices bem estruturadas. Corretores de seguros que souberem posicionar produtos adequados a esse tipo de risco estarão à frente de um movimento de transformação no setor.
Além disso, o setor securitário brasileiro possui conhecimento técnico acumulado para lidar com esse tipo de risco. Modelagem atuarial, análise de dados históricos, monitoramento climático e políticas de precificação com base em risco já são realidades em operadoras especializadas. A diferença agora está em tornar esses produtos mais acessíveis, comunicáveis e disponíveis ao público certo, tarefa que passa diretamente pelo trabalho dos corretores.

Como fazer do seguro contra mudanças climáticas uma oportunidade
Diversas iniciativas e propostas vêm sendo discutidas por especialistas e entidades do setor para ampliar o acesso aos seguros contra mudanças climáticas. Uma das mais comentadas é a criação de um seguro social contra desastres, com custo estimado entre R$ 2 e R$ 5 por mês, vinculado à conta de telefone. Outra possibilidade é a obrigatoriedade de seguros em obras públicas, especialmente em regiões com alta exposição a desastres naturais.
Também está em debate a inclusão de seguros no Plano Nacional de Transição Ecológica, que será apresentado na COP30, com foco em adaptação climática. Experiências internacionais, como a obrigatoriedade do seguro catastrófico na Itália, mostram que a adoção de políticas públicas pode ser um motor importante para o crescimento desse segmento.
Para os corretores, essas mudanças representam mais do que uma oportunidade pontual: são a abertura de um novo mercado com demanda crescente. A criação de produtos específicos, com coberturas ajustadas à realidade brasileira e preços acessíveis, pode ampliar a penetração do seguro contra mudanças climáticas em diferentes nichos, como o setor agrícola, o mercado imobiliário, empresas de infraestrutura, cooperativas rurais e até programas sociais.
Além da oferta em si, será essencial investir na educação do consumidor. A maioria das pessoas ainda associa o seguro apenas a bens como automóveis ou residências. Explicar que o seguro contra mudanças climáticas também pode ter um papel preventivo e estratégico diante de desastres naturais será fundamental para ampliar a percepção de valor desses produtos.
Potencial para novos nichos e parcerias
O seguro agrícola, por exemplo, é um dos mais afetados pelas mudanças climáticas, como analisado no artigo “Desafios dos seguros agrícolas diante das mudanças climáticas”, já publicado no blog da Moltrio. Seca prolongada, geadas fora de época e tempestades impactam diretamente as safras e o sustento de milhares de produtores. Corretores que atuam nesse segmento têm a chance de oferecer soluções que se tornaram essenciais para a continuidade dos negócios.
Outro setor com potencial de crescimento é o mercado residencial e empresarial. O aumento de enchentes e alagamentos, especialmente em áreas urbanas, demanda seguros que cubram perdas materiais, interrupção de atividades e reconstrução de estruturas. No conteúdo “Riscos climáticos em alta: como o setor de seguros está se adaptando e como se preparar”, já indicamos o crescimento dessa demanda e a necessidade de corretores de seguros preparados para esse novo perfil de risco.
Além dos produtos em si, parcerias com municípios, cooperativas, sindicatos, empresas de infraestrutura e associações comunitárias poderão ampliar o alcance dos seguros contra mudanças climáticas, criando soluções coletivas e com maior viabilidade econômica.
O papel da tecnologia e do corretor nesse cenário
A transformação do setor passa necessariamente pela atuação qualificada dos corretores de seguros. Em um contexto em que o consumidor precisa entender melhor o que está contratando e onde o valor do produto muitas vezes só é percebido diante do evento extremo, a argumentação técnica e consultiva ganha ainda mais peso.
Para apoiar esse processo, a tecnologia se torna uma aliada indispensável. Como destacado no artigo “Inteligências artificiais para corretoras de seguros: estratégias para otimizar processos e vendas”, soluções digitais podem automatizar etapas operacionais e liberar tempo para ações mais estratégicas, como a personalização de propostas e o acompanhamento próximo da carteira.

Outro ponto abordado no artigo “Impactos do ESG no ecossistema de seguros mundial” é a importância de alinhar o portfólio de seguros às novas exigências do mercado em sustentabilidade, impacto social e governança. O seguro contra mudanças climáticas se insere exatamente nesse contexto e pode ser um diferencial competitivo para corretoras que desejam se posicionar de forma moderna e responsável.
Como a Moltrio pode te ajudar a crescer com essa nova frente
Com o aumento da complexidade dos produtos e das demandas do mercado, a gestão eficiente do funil de vendas se torna essencial. É por isso que a Moltrio desenvolveu uma plataforma completa, pensada exclusivamente para corretores de seguros. A solução oferece funcionalidades que auxiliam desde a prospecção de leads até o pós-venda, passando por automações, cross selling, dashboards gerenciais e histórico detalhado de cada cliente.
Corretores que utilizam a Moltrio conseguem:
- Acompanhar clientes com interesse em seguros climáticos de forma personalizada;
- Identificar oportunidades de cross selling com seguros residenciais, rurais e empresariais;
- Automatizar comunicações, lembretes de renovação e campanhas educativas com poucos cliques;
- Ter visibilidade total do funil comercial, priorizando leads com maior potencial e otimizando os recursos da corretora.
Além disso, a plataforma é constantemente atualizada com as melhores práticas de mercado e traz relatórios inteligentes para tomada de decisão baseada em dados. Tudo isso com suporte especializado para integrações com operadoras e parceiros.
Se você deseja explorar o enorme potencial do seguro contra mudanças climáticas, modernizar sua operação e aumentar sua carteira com inteligência, agende agora uma demonstração gratuita da Moltrio. Descubra como a tecnologia pode ser sua maior aliada no enfrentamento dos novos desafios e oportunidades do mercado.