Selic em alta: como o setor de seguros pode equilibrar rentabilidade e demanda em um cenário de juros altos

Selic em alta: como o setor de seguros pode equilibrar rentabilidade e demanda em um cenário de juros altos

O aumento da taxa Selic em 2025 trouxe novos desafios para diversos setores da economia, e o setor de seguros não ficou de fora. Com a Selic em alta e alcançando 15% ao ano, o Brasil vive o maior patamar de juros desde 2006 — um cenário que afeta diretamente o comportamento do mercado, o custo do capital e a viabilidade de expansão de empresas. No setor de seguros, o momento exige revisão de estratégias, adaptação na oferta de produtos e maior eficiência comercial.

Selic em alta: o que está por trás da taxa de 15%

O movimento de alta da Selic foi impulsionado por um conjunto de fatores macroeconômicos, incluindo inflação persistente, deterioração das expectativas fiscais e aumento das incertezas globais. Para o Banco Central, a elevação da taxa básica de juros ainda é a principal ferramenta para conter pressões inflacionárias, mesmo diante dos efeitos colaterais sobre o crescimento econômico.

Essa política monetária restritiva impõe um novo ritmo aos negócios, com impacto direto sobre os investimentos, o consumo e, consequentemente, sobre a demanda por seguros. Taxas elevadas desestimulam o crédito, encarecem financiamentos e exigem das empresas mais cautela na alocação de recursos. A combinação desses elementos configura um ambiente desafiador para o setor.

Impacto no setor de seguros: dois lados da moeda

A Selic em alta cria uma equação delicada para o mercado segurador. De um lado, há um benefício técnico: parte das reservas das seguradoras é aplicada em títulos públicos, cuja rentabilidade aumenta com a elevação dos juros. Isso favorece os resultados financeiros das companhias. No entanto, esse ganho vem acompanhado de um custo maior para operações e expansão, especialmente para seguradoras que atuam em nichos com margens mais apertadas.

Além disso, o encarecimento do crédito afeta diretamente empresas e consumidores, que enfrentam mais dificuldade para financiar bens, projetos e mesmo serviços básicos. Esse cenário eleva a inadimplência, aumenta o endividamento e impõe limites à contratação ou renovação de apólices. Na prática, há uma pressão crescente para equilibrar custos e precificação de forma mais rigorosa, sem perder competitividade.

Desafios na precificação de produtos de longo prazo

Seguros de vida, previdência privada e outras modalidades de longo prazo são particularmente sensíveis em momentos de juros altos. Isso porque o custo de oportunidade para o consumidor aumenta: ao invés de comprometer recursos com um produto de proteção futura, o cliente tende a priorizar investimentos mais líquidos e com retorno imediato.

Esse movimento exige estratégias mais sofisticadas de argumentação de valor agregado, mostrando como o seguro funciona não apenas como proteção, mas também como um instrumento de planejamento financeiro e familiar. Além disso, a elevação dos custos operacionais pode levar a ajustes nos preços, o que exige ainda mais clareza na comunicação com o cliente sobre os benefícios da contratação.

Selic em alta: como o setor de seguros pode equilibrar rentabilidade e demanda em um cenário de juros altos

Corretores que se antecipam a esse novo comportamento do consumidor e adaptam seu discurso ganham vantagem. Já se observa uma queda na procura por produtos que exigem pagamento antecipado ou aportes fixos. Em contrapartida, há espaço para soluções flexíveis e com maior personalização, tanto no preço quanto na cobertura.

A importância da diversificação de portfólio

Com a Selic em alta pressionando a demanda por produtos tradicionais, diversificar o portfólio se torna uma medida de sobrevivência e crescimento. Corretores que ampliam sua atuação para seguros mais acessíveis, como planos odontológicos, proteção pessoal e microsseguros, conseguem manter a base de clientes ativa e engajada.

Essa diversificação também deve considerar perfis de consumo emergentes, como jovens adultos e trabalhadores autônomos, que buscam proteção com boa relação custo-benefício. Produtos modulares, de contratação simples e com cobertura ajustável, ganham espaço nesse novo contexto.

Mais do que nunca, é essencial investir em análise de dados para identificar padrões de comportamento, preferências regionais e oportunidades de upsell. A atuação consultiva e a oferta de soluções complementares são estratégias fundamentais para preservar o faturamento mesmo em cenários econômicos adversos.

Risco de retração no mercado empresarial e garantias

O segmento corporativo tende a sentir com mais força os efeitos da Selic em alta. Empresas mais endividadas tendem a rever seus contratos, cortar custos e, em muitos casos, adiar a renovação de coberturas não obrigatórias. Esse risco de retração exige dos corretores uma abordagem mais proativa e adaptável.

Em vez de insistir em produtos padrão, pode ser o momento de construir soluções sob medida como seguros com foco em prevenção, cobertura reduzida ou franquias mais altas, que permitam manter o vínculo contratual sem inviabilizar o orçamento do cliente.

Selic em alta: como o setor de seguros pode equilibrar rentabilidade e demanda em um cenário de juros altos

Outro ponto importante é a renegociação de contratos. Ao identificar antecipadamente empresas em situação de risco financeiro, é possível propor adaptações que evitem cancelamentos e mantenham a base ativa, com expectativa de crescimento futuro.

Como enfrentar esse cenário com inteligência comercial

O cenário atual exige dos corretores mais do que resiliência. É preciso organização, visão estratégica e capacidade de adaptação constante. Nesse sentido, a tecnologia se mostra uma aliada crucial para quem deseja manter a rentabilidade mesmo com a Selic em alta.

Sistemas de gestão comercial permitem:

  • Automatizar campanhas de retenção e reativação;
  • Analisar dados de clientes e identificar oportunidades;
  • Personalizar ofertas com base em comportamento e perfil de risco;
  • Monitorar indicadores de performance em tempo real;
  • Otimizar o tempo da equipe com processos mais eficientes.

Ao centralizar informações e oferecer ferramentas inteligentes de tomada de decisão, plataformas como a da Moltrio ajudam o corretor a navegar em cenários desafiadores com mais segurança e eficiência.

Momentos de juros altos não precisam significar retração. Podem ser, na verdade, o impulso necessário para amadurecer processos, redesenhar produtos e fortalecer relacionamentos com os clientes.

Em um mercado que muda a cada ciclo econômico, quem conta com inteligência, dados e agilidade tem sempre uma vantagem. Se você quer saber como alinhar performance com realidade de mercado, agende uma demonstração gratuita com a Moltrio e veja como transformar obstáculos macroeconômicos em oportunidades comerciais concretas.

A Moltrio desenvolve sistemas pensados para dar suporte ao corretor nos momentos de crescimento  e também nos momentos de retração. Afinal, não é a Selic que define o sucesso do seu negócio, mas como você reage a ela.

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