Nova proposta da ANS: planos de saúde com foco em consultas eletivas e exames – o que muda para o mercado?

Nova proposta da ANS: planos de saúde com foco em consultas eletivas e exames – o que muda para o mercado?

A nova proposta da ANS representa um movimento relevante no setor de saúde suplementar ao sugerir a criação de um produto focado em consultas eletivas e exames, com mensalidades acessíveis e modelo de contratação coletiva. Trata-se de uma mudança que pode impactar diretamente a atuação de corretores de seguros e operadoras, além de abrir espaço para novas estratégias de crescimento comercial. Com essa iniciativa, a agência busca ampliar o acesso à saúde privada, atender demandas reprimidas do SUS e testar soluções inovadoras por meio do sandbox regulatório.

O que está previsto na nova proposta da ANS?

A proposta prevê um plano ambulatorial limitado a consultas eletivas e exames, sem cobertura para urgências, internações ou terapias. O foco é na atenção primária e secundária, com o objetivo de promover diagnóstico precoce e monitoramento contínuo da saúde, o que pode reduzir a necessidade de atendimentos de alta complexidade.

A intenção da ANS é criar um produto com mensalidade mais acessível, permitindo que cerca de 10 milhões de brasileiros ingressem na saúde suplementar. Atualmente, apenas 25% da população brasileira possui plano de saúde, enquanto o restante depende exclusivamente do SUS — sistema que enfrenta filas crescentes e grande demanda reprimida.

Esse novo modelo será implementado inicialmente em caráter experimental, por meio do sandbox regulatório, um ambiente controlado para testes. O período de avaliação terá duração de dois anos, com possibilidade de encerramento ou incorporação definitiva à regulação.

As diretrizes foram estabelecidas pela Resolução Normativa nº 621/2024, que delimita regras de funcionamento, critérios de cobertura, coparticipação e incentivos à permanência dos beneficiários.

Modelo de operação e características do produto

A nova proposta da ANS determina que o produto deverá ser registrado como plano coletivo por adesão, disponível tanto para MEIs quanto para associações, sindicatos e grupos organizados. A coparticipação será permitida, mas limitada a 30% do valor do procedimento, e o plano poderá incluir incentivos de permanência e programas de cuidado contínuo.

Do ponto de vista da cobertura, o plano garantirá:

  • Consultas eletivas em todas as especialidades médicas, sem exigência de porta de entrada;
  • Exames do ROL da ANS, sem limitação de quantidade por tipo;
  • Foco no diagnóstico precoce como ferramenta preventiva.

Apesar da limitação em relação à cobertura hospitalar e emergencial, a proposta visa suprir um dos maiores gargalos do sistema: o acesso rápido e regular a consultas e exames. É, portanto, uma abordagem que pode reduzir a sobrecarga do SUS, especialmente em regiões onde o atendimento público é mais restrito.

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Nova proposta da ANS: riscos e oportunidades para corretores e operadoras

Com a nova proposta da ANS, abre-se um novo nicho de mercado que poderá ser explorado de forma estratégica por corretores e operadoras. Estima-se que milhões de brasileiros da classe C e D, que atualmente utilizam cartões de desconto ou serviços de clínicas populares, possam migrar para esse tipo de plano, desde que compreendam corretamente sua finalidade e limitações.

Trata-se de um produto com forte potencial de massificação, o que exige estratégias comerciais de larga escala, marketing educativo e comunicação clara. Corretores terão um papel fundamental não apenas na venda, mas também na educação do consumidor. É essencial que o cliente compreenda que o plano não inclui internações e atendimentos de urgência, para evitar conflitos e frustrações futuras.

O desafio será alinhar expectativas, usar argumentação transparente e demonstrar o valor da cobertura ambulatorial, especialmente em um contexto onde a demanda por serviços de saúde básicos é alta. Corretores que se posicionarem de forma consultiva e técnica poderão conquistar uma nova fatia de mercado com alto volume e baixa concorrência.

Riscos, limites e responsabilidades

Embora a nova proposta da ANS represente uma inovação importante, ela também impõe responsabilidades adicionais ao corretor. O principal risco está na má interpretação do escopo do produto, já que o consumidor pode supor que está protegido para qualquer eventualidade. Por isso, o papel do corretor será garantir que as condições contratuais e as limitações sejam apresentadas com clareza.

A ANS também atuará com monitoramento contínuo da nova modalidade. Caso haja descontinuidade ao fim do sandbox regulatório, a agência assegura a proteção dos consumidores quanto à migração ou adaptação dos contratos vigentes. Corretores devem acompanhar de perto esse processo e se manter informados para orientar seus clientes da forma mais segura possível.

O cenário futuro e a expansão da saúde suplementar

Caso o modelo seja bem-sucedido no sandbox regulatório, a nova proposta da ANS poderá ser incorporada de forma permanente, estimulando o surgimento de outros produtos ambulatoriais com foco em atenção primária, o que pode transformar o cenário da saúde suplementar no Brasil.

Isso exige dos profissionais do setor uma postura proativa. Corretores devem revisar seus portfólios, atualizar seu conhecimento regulatório e adaptar sua abordagem comercial. Além disso, operadoras e plataformas de gestão precisarão desenvolver infraestruturas que suportem um crescimento acelerado de beneficiários, especialmente em regiões com baixa penetração da saúde privada.

Trata-se, portanto, de uma oportunidade real de crescimento para as corretoras, principalmente aquelas que atuam com inteligência de dados, segmentação de público e estratégias digitais bem estruturadas. O volume potencial de adesões exige organização, automação e eficiência operacional, características que dependem fortemente do uso de ferramentas adequadas.

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